segunda-feira, 23 de março de 2009

Para falar de educação...

Nos últimos dias, comentários de diversos gêneros foram gerados a partir da aparição da parnanguara Beatriz Modesto no programa Soletrando, promovido pelo Caldeirão do Huck - Rede Globo de Televisão. Estudante de 13 anos do Colégio Estadual Zilah Batista, a cativante Beatriz finalizou sua participação no sábado (21), quando perdeu a disputa para a semifinal de soletração contra a estudante Isabel, de Tocantins. Foram 13 rodadas (não exibidas pelo programa), que deixaram qualquer um de queixo caído. Palavras e mais palavras distantes dos vocábulos utilizados no dia a dia formaram o duelo.
Sem se valer de uma história comovonte, da moradia no subúrbio e da vida difícil que muitos adolescentes enfrentam cada vez mais cedo no país, a parnanguara voltou para casa de mãos vazias. Mas, com o coração cheio de presentes. Já famosa pela apresentação rápida e persistente, a estudante fez amigos em todo o Brasil, ganhou fãs, comunidades em sites de relacionamento e reportagens espalhadas pela Internet.

A história de Beatriz me faz pensar nos tempos de escola, quando os professores reforçavam que a instituição era a "cara" do aluno. Hoje, vejo a afirmação com outros olhos. Acredito que o fato por si só (respaldado na situação de Beatriz), mostra que quem faz o estudante é ele mesmo. E a escola se faz por si e com a participação da garotada. Por ser um talento já revelado, um exemplo para muitos meninos e meninas de escolas públicas e particulares, a história de Beatriz não deve ser esquecida. Apagada na terra do "já teve", do "já era" ou do "já fui". Beatriz ainda é!
A expectativa é que o valor e incentivo sejam pautados em primeiro lugar nos órgãos de educação, e que o futuro da representante do Paraná possa ganhar outros caminhos. Beatriz tem o sonho de ser repórter e, no íntimo, sinto que todo o amadurecimento advindo de sua história será o seu maior triunfo.